sexta-feira, 8 de abril de 2011

[Europa League 1/4 final] SL Benfica 4-1 PSV Eindhoven

Nos anos mais recentes, com a eliminatória também posicionada nos quartos-de-final, tinha presenciado as seguintes partidas: Barcelona em 2005/06 (0-0), Espanhol em 2006/07 (0-0), Liverpool em 2009/10 (2-1). Por todas as razões, e mais algumas, esperava uma grande noite europeia, daquelas a fazer lembrar décadas anteriores. Desejava uma vitória tranquila, que me fizesse sonhar com a feliz perspectiva de umas meias-finais. Sem sobressaltos. O Benfica soube dar-me isso tudo, aliando o resultado ambicionado a uma fulgurante exibição.

Muito se poderia escrever sobre as incidências da partida, só que provavelmente estaria a repetir o que já foi dito (escrito) durante todo o dia. Assim, centro-me nestes apontamentos: (i) Maxi Pereira é um jogador discreto, embora de uma utilidade inquestionável (para quando a RENOVAÇÃO?), que representa bem a atitude e querer que sempre valorizamos num jogador do Benfica; (ii) Fábio Coentrão é o protótipo do jogador-adepto, pois corre, dribla e vive o jogo com aquela energia inesgotável que tanto nos orgulha; (iii) Pablo Aimar é daqueles futebolistas que tem classe da cabeça aos pés, revelando pormenores deliciosos, quer ao primeiro toque, quer na condução na bola e, (iv) Salvio é um 'menino' de 20 anos dotado de um talento inversamente proporcional ao seu tamanho, sendo um digno sucessor de grandes nomes que 'voavam' pela ala direita do ataque encarnado. Os elogios podiam não parar por aqui.

No entanto, pretendo seguir outro rumo. Não debater o lado táctico (razão), mas antes o aspecto emocional (paixão) que a noite europeia confessou. Há, para mim, um momento do jogo que merece ser destacado: o do 4.º golo, já 'ao cair do pano', marcado por Javier Saviola. Ao ler, hoje, as declarações do treinador da equipa holandesa, em que refere o chamado 'médo cénico' que os seus jogadores sofreram, fico a pensar se o 'Inferno da Luz', aquele vulcão de energia colectiva que emana das bancadas, ainda existe.

Aos 90 minutos, Jorge Jesus decide substituir Oscar Cardozo por Felipe Menezes. Vão jogar-se 4 minutos de compensação e começa-se a perceber que o resultado de 3-1 era o desfecho mais esperado. Aos 90+3, a equipa procurava manter a posse de bola, deixando o tempo correr, de forma a evitar qualquer supresa desagradável de última hora. Na prática, obedecendo a critérios de alguma lógica, entende-se as razões do treinador em proteger a diferença de 2 golos. Entretanto, recordo-me de observar o Maxi Pereira a endereçar a bola para o Salvio, este faz um passe ligeiramente recuado para Javi García e o espanhol devolve à procedência. Creio que, nesse mesmo instante, o Estádio transformou-se num organismo vivo, erguendo a sua voz bem alto, como que a gritar, a plenos pulmões: "VAMOS, VAMOS, PR'A FRENTE". O resto, faz parte daqueles momentos que tão cedo não se esquece: é Javier Saviola que empurra a bola, mas todos vimos (e sentimos) que o golo foi do... BENFICA.

1 comentário:

Hugo disse...

E o Benfica ganhou...

Por 4-1, numa grande e majestosa noite europeia como há muito não víamos...

E que tal continuar assim para podermos sonhar?


Abraço benfiquista...