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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SL Benfica 1-1 Manchester United

Gostei:

- Da moldura humana presente no estádio da Luz. A 'casa cheia' foi sinónimo de uma verdadeira noite europeia;
- Da coreografia preparada para a entrada das equipas, com todo o recinto pintado a encarnado e branco e a gritar, em uníssono, BENFICA BENFICA BENFICA;
- Da atitude dos jogadores presentes no relvado e da sagacidade (maturidade) demonstrada pelo colectivo;
- Do golo do Cardozo. Tudo é magnífico: a assistência de Gaitán, a recepção, o remate de pé direito;
- Da substituição de Ruben Amorim por Nolito, com o único pensamento na vitória;
- Globalmente, da exibição encarnada e do domínio frente a um conjunto que esteve presente em 3 finais da Champions League nos últimos 5 anos. A estatística não mente: o Benfica teve 7+7 remates - à baliza e para fora - (contra 2+2 do Manchester), assim como 9 cantos contra 5 do adversário.

Não gostei:

- Da substituição de Aimar por Matic. Não está em causa a questão individual, mas sim a opção táctica do treinador, pois o Benfica dominava e poderia ter forçado um bocado. Porque não retirar Gaitán, deslocando Witsel para a meia-direita, e colocando Saviola na cancha? Passamos de uma época em que a filosofia dominante assentava (quase) num 4x1x5, para uma nova faceta do treinador algo calculista ou conservadora. Matic? Sim, quando o Benfica fizesse o 2-1.
- Do resultado. Bem sei que o ambiente foi fantástico, a exibição foi mesmo bem conseguida, o ponto conquistado pode ser muito importante (estou naturalmente satisfeito), mas fica aquele sabor amargo de um empate inglório. O Benfica fez por merecer uma vitória.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Futuro de C. Ronaldo: Qual a melhor opção?

Nos últimos dias não se tem falado de outra coisa: qual será o futuro do (provável) melhor jogador de futebol do mundo? A notícia do jornal "A Bola" indica que o "menino-prodígio" chegou a acordo com o Real Madrid, numa ligação que é válida por cinco temporadas e que vai valer cerca de 9,5 milhões de euros por época. No entanto, a Mãe de Cristiano Ronaldo tinha comunicado que o filho iria permanecer em Inglaterra. A questão é: qual a melhor opção para a estrela portuguesa? Manter-se em Manchester? Mudar-se para Madrid?
De jogadores a treinadores, passando por adeptos e dirigentes, todos já lançaram pelo menos um "bitaite" sobre o tema. Por um lado, David Beckham é da opinião que Cristiano Ronaldo não deve mudar de camisola, por ser mais protegido em Old Trafford. Já Luís Figo, aconselha o "puto maravilha" a experimentar os ares da capital espanhola. Para além da natural influência externa, e qualquer que seja o desejo da família, o actual n.º 7 da selecção nacional deve colocar no topo de prioridades o seu grande objectivo profissional: ficar na história do futebol. No meu entender, a melhor forma de alcançar esse desígnio é...continuar mais uns anos a encantar o "Teatro dos Sonhos". De seguida, apresento os meus motivos.
O que é preciso para que o jovem talento português ganhe direito a figurar entre o top 10 mundial? Se nos lembrarmos de figuras como Pelé, Eusébio, Beckenbauer, Cruyff, Maradona, para citar alguns, existe algo que os une: uma carreira que os identifica com o emblema de um clube ou com a conquista de troféus pelas cores nacionais. Johan Cruyff, por exemplo, venceu a Liga dos Campeões da UEFA por três vezes (1971, 1972 e 1973, com o Ajax). Michel Platini, por seu lado, marcou uma época na Juventus, que entre a sua estada de 1982 a 1987, viveu conquistas e momentos fantásticos. Diego Armando Maradona colocou o Nápoles no mapa do futebol e "La Mano de Dios" levou o povo argentino a tocar o céu. Ao trazer o nome de algumas "velhas glórias" para a discussão, pretendo demonstrar o seguinte: as lendas nascem de um sentimento de fidelidade a uma camisola e perduram através da memória do seu povo. Na minha humilde opinião não é no meio de empresários, a negociar contratos, que o "wonderkid" encontrará o caminho da história. As lendas surgem dos relvados. Não dos gabinetes.
Termino o meu ponto de vista com outro argumento válido. Em Manchester, tal como afirmou David Beckham, Cristiano Ronaldo é protegido e acarinhado por todos: treinadores, colegas de equipa e adeptos. Em Madrid, o ambiente "galáctico" pode não ser (necessariamente) tão fresco. Há que não pôr outro factor de parte: em Inglaterra, o prodígio português é admirado pelas fintas mirabolantes e pelos golos fantástico; em Espanha, pode ser aclamado pelo público, mas a sua performance é, muitas vezes, medida pelo número de camisolas vendidas. Mesmo que Cristiano Ronaldo seja considerado o jogador do ano, o seu maior desafio será o de manter-se no topo, de preferência por longos anos.
Qual o caminho para ficar na história? Qual a forma de ser recordado como uma lenda? Permanecer em Manchester ou, em contrapartida, tentar a aventura chamada Madrid? Para mim, a diferença é óbvia: na primeira situação é olhado genuinamente como um fabuloso jogador de futebol; no segundo cenário é encarado como um produto de merchandising.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

[Champions League 1/2] Man Utd 1-0 Barcelona

Mais do que o confronto entre o futebol inglês e espanhol, a expectativa residia sob o desafio entre Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Qual deles seria mais brilhante, ao ponto de alcançar a tão ambicionada final? O português caminha, a passos largos, para a consagração como o melhor do mundo, mas foi um inglês a resolver a contenda: Paul Scholes, 33 anos, nacionalidade inglesa, 16.ª época ao serviço do Manchester United. O golo foi absolutamente fantástico e...decisivo.
Curiosamente, o remate certeiro do experiente médio cenoura representa o único elo de ligação com o típico futebol protagonizado por Manchester United. O momento da noite, ao minuto 13, foi 100% inglês: no remate de meia-distância, na naturalidade do autor, nos festejos dos adeptos. De resto...bem, qualquer semelhança com o futebol inglês é pura coincidência. É a italianização do futebol.
Quem observou a forma como o Manchester se comportou neste duplo confronto com o Barcelona, não pode ter deixado de reparar no tacticismo revelado por Alex Ferguson. Desenganem-se aqueles que esperavam um tipo de futebol vistoso e espectacular, feito de posse e constante pressão alta, orientado para um ataque sem tréguas. Nada disso. O Manchester, na figura do seu treindor, entendeu que para fazer parte da história é mais importante dominar os equilíbrios colectivos do que propriamente dominar o jogo. Recordam-se da forma cínica como a equipa inglesa jogou no Olímpico de Roma?
Bem sei que a final, a disputar em Moscovo, será entre dois clubes ingleses. Mas, será suficiente para afirmar que o futebol britânico domina a Europa? Sim e não. Obviamente, que são os clubes ingleses que merecem os mais rasgados elogios, mas convém não esquecer que o melhor jogador do United é português, o treinador do Liverpool é espanhol e os plantéis incluem línguas e culturas dos mais variados pontos do globo. Até o futebol é diferente. Mais continental, como é costume afirmar. Por outras palavras, o futebol inglês, para evoluir e lutar por troféus, teve de renegar parte da sua identidade e tornar-se mais latino. O tema merece reflexão e daria um bom motivo de conversa.
Para finalizar, mais um dado estatístico: nas eliminatórias frente a Roma e Barcelona, o Manchester não sofreu qualquer golo. Foram 4 partidas com as redes invioláveis. Será que o receio de perder sobrepõe-se à vontade de vencer?