Já tinha saudades de escrever uma crónica, mas a disponibilidade para me sentar em frente ao computador não tem abundado. Também já tinha saudades de um jogo assim: boa moldura humana, óptima atitude dos jogadores, magnífica visão táctica do treinador e...um resultado que nos deixa de sorriso aberto até ao próximo embate. Vamos à análise do derby.
A primeira parte foi equilibrada, com um ou outro susto para cada lado, mas a intensidade competitiva ganhava maior expressão na luta de meio-campo. O ritmo da partida, quase sempre alto, acabava por disfarçar muitas cautelas defensivas na ocupação de espaços: o Sporting, com a linha mais recuada, espreitava o jogo directo para as costas dos jovens centrais encarnados; o Benfica, no sistema clássico, procurava equilibrar face à superioridade numérica do losango, evidenciando dificuldades na zona de construção. Os quarenta e cinco minutos terminavam com um empate que se aceitava.
Olho táctico
Tinha alertado que nos confrontos de maior exigência, a solução poderia passar pela inclusão de um jogador como Ruben Amorim, normalmente colocado à direita, pois oferecia perspectivas mais sólidas ao futebol encarnado. Não foi por essa "nuance" estratégica que o resultado pendeu para os da casa, mas talvez tenha sido por aí que Quique não perdeu. Penso que aprendeu a lição ao não optar pela inclusão de dois médios ala puros, correndo o risco da equipa partir-se no 4x2x4. Em termos de desenho táctico, atente-se na imagem seguinte:
Na segunda metade, o treinador do Benfica soube mexer nas peças e mudar a face do jogo. A entrada de Katsouranis, primeiro, e Pablo Aimar, mais tarde, foram decisivas para a equipa da casa soltar-se e começar a ganhar metros de relvado. Estranhamente, ou talvez não, o Sporting tem-se mostrado pouco atrevido nos jogos forasteiros e a linha atacante foi ficando orfã de um losango mais preocupado para tarefas de marcação. Os golos surgiram para o lado que mais procurou fazer pela vida, para a equipa que mais vibrou e jogou de forma apaixonada. Penso que essa atitude e vontade de vencer foi visível, numa perfeita comunhão entre adeptos, treinador e jogadores. Houve sangue, suor e lágrimas, numa exibição com chama e garra. À Benfica.
Olho táctico
Pode-se dizer que o Benfica ganhou a dois tempos. Primeiro, aquando da entrada do grego. Katsouranis soube posicionar-se a preceito, libertando Yebda (que jogador!) para aquele box-to-box constante. Assim, Quique Flores conseguiu que a equipa pressionasse mais à frente e as transições ofensivas começaram a ganhar outra dinâmica. Segundo, aquando da troca entre Nuno Gomes e Pablo Aimar. O argentino teve pormenores deliciosos, com intervenção directa no lance que fez a águia voar em direcção à vitória. A inteligência do camisola 10 na ocupação de espaços entre linhas fez virar o sentido do jogo e, aos poucos, o leão não teve capacidade para tapar todas as brechas que se iam abrindo. Para exemplificar as alterações posicionais, observe-se a imagem seguinte:
Para terminar da melhor forma, fiquemos com os momentos principais do derby lisboeta: os vídeos respeitantes aos golos apontados por Reyes e Sidnei.
A primeira parte foi equilibrada, com um ou outro susto para cada lado, mas a intensidade competitiva ganhava maior expressão na luta de meio-campo. O ritmo da partida, quase sempre alto, acabava por disfarçar muitas cautelas defensivas na ocupação de espaços: o Sporting, com a linha mais recuada, espreitava o jogo directo para as costas dos jovens centrais encarnados; o Benfica, no sistema clássico, procurava equilibrar face à superioridade numérica do losango, evidenciando dificuldades na zona de construção. Os quarenta e cinco minutos terminavam com um empate que se aceitava.
Olho táctico
Tinha alertado que nos confrontos de maior exigência, a solução poderia passar pela inclusão de um jogador como Ruben Amorim, normalmente colocado à direita, pois oferecia perspectivas mais sólidas ao futebol encarnado. Não foi por essa "nuance" estratégica que o resultado pendeu para os da casa, mas talvez tenha sido por aí que Quique não perdeu. Penso que aprendeu a lição ao não optar pela inclusão de dois médios ala puros, correndo o risco da equipa partir-se no 4x2x4. Em termos de desenho táctico, atente-se na imagem seguinte:
Na segunda metade, o treinador do Benfica soube mexer nas peças e mudar a face do jogo. A entrada de Katsouranis, primeiro, e Pablo Aimar, mais tarde, foram decisivas para a equipa da casa soltar-se e começar a ganhar metros de relvado. Estranhamente, ou talvez não, o Sporting tem-se mostrado pouco atrevido nos jogos forasteiros e a linha atacante foi ficando orfã de um losango mais preocupado para tarefas de marcação. Os golos surgiram para o lado que mais procurou fazer pela vida, para a equipa que mais vibrou e jogou de forma apaixonada. Penso que essa atitude e vontade de vencer foi visível, numa perfeita comunhão entre adeptos, treinador e jogadores. Houve sangue, suor e lágrimas, numa exibição com chama e garra. À Benfica.
Olho táctico
Pode-se dizer que o Benfica ganhou a dois tempos. Primeiro, aquando da entrada do grego. Katsouranis soube posicionar-se a preceito, libertando Yebda (que jogador!) para aquele box-to-box constante. Assim, Quique Flores conseguiu que a equipa pressionasse mais à frente e as transições ofensivas começaram a ganhar outra dinâmica. Segundo, aquando da troca entre Nuno Gomes e Pablo Aimar. O argentino teve pormenores deliciosos, com intervenção directa no lance que fez a águia voar em direcção à vitória. A inteligência do camisola 10 na ocupação de espaços entre linhas fez virar o sentido do jogo e, aos poucos, o leão não teve capacidade para tapar todas as brechas que se iam abrindo. Para exemplificar as alterações posicionais, observe-se a imagem seguinte:
Para terminar da melhor forma, fiquemos com os momentos principais do derby lisboeta: os vídeos respeitantes aos golos apontados por Reyes e Sidnei.
2 comentários:
"Carlos Martins como um louco a festejar o golo do Benfica..."
LOL
Que azia para alguns...
visitem
http://sectorofensivo.blogspot.com/
Enviar um comentário