No ano de 1990, o Benfica viveu das suas mais bonitas jornadas europeias: a mão que fez explodir a Luz e arrasou corações franceses. Já lá vão quase 20 anos e ninguém se esquece daquele momento. O angolano Vata, que havia entrado aos 53 minutos para o lugar do brasileiro Lima, fez com a mão o golo que colocou o Benfica na sétima e última final da principal prova da UEFA.
Cerca de duas semanas antes, no dia 4 de Abril, o Benfica tinha visitado o Velódrome sofrendo um dos maiores 'sufocos' futebolísticos da história, mas a noite mágica que todos recordam com saudade teve lugar a 18 de Abril desse ano. O 'Inferno da Luz' gritou tão alto que os Deuses ouviram a esperança pintada em tons de vermelho. Escreveu-se história. Viveu-se... Benfica!
Marselha 2-1 SL Benfica
Estádio Velódrome, 4 de Abril de 1990
SL Benfica, em 4x4x2: Silvino, José Carlos, Aldair, Ricardo Gomes, Veloso, Hernâni, Vítor Paneira, Jonas Thern, Lima, Valdo e Magnusson.
Momentos do jogo:
10 min – golo (Lima)
12 min – golo (Sauzée)
44 min – golo (Papin)
61 min – substituição: entrou Pacheco, para o lugar de Lima
70 min – substituição: entrou Diamantino, para o lugar de Hernâni
Comentário:
Foi em 1990 que recebi, dos meus pais, uma das prendas de Natal que jamais esquecerei: o cartão de sócio do Sport Lisboa e Benfica. Tinha 15 anos. Já passaram uns anos valentes, mas esta partida ficou-me na memória até hoje. Não é que recorde todas as incidências da partida, mas há dois apontamentos impossíveis de esquecer: (i) o golo do brasileiro Lima, avançado de penteado sui generis; e, (ii) o autêntico massacre sofrido nos segundos 45 minutos do jogo. Sim... massacre, sufoco, avalanche de futebol ofensivo da equipa francesa, onde pontificavam nome como o inglês Chris Waddle, o uruguaio Enzo Francescoli e o francês Jean-Pierre Papin. Estes eram os mais temíveis, mas haviam outros nomes de respeito: o lateral direito Amoros, o lateral esquerdo Di Meco, o central Mozer - que tinha saído do Benfica no ano anterior - e os médios Philippe Vercruysse, Franck Sauzée, entre outros. Mas, o trio da frente é que nos fazia olhar para a televisão em desespero: na altura, apanhar pela frente os extremos Waddle e Francescoli era como, nos dias de hoje, defrontar uma equipa com Messi e Cristiano Ronaldo. A questão que se coloca é: como foi possível SÓ termos perdido por 2-1? Podiam ter sido quatro. Podiam ter sido cinco. Perdoem-me a analogia, mas podia ter sido Vigo. Vai um resumo da 1.ª mão disputada em Marselha? Então, deliciem-se com o vídeo.
SL Benfica 1-0 Marselha
Estádio da Luz, 18 de Abril de 1990
SL Benfica, em 4x4x2: Silvino, José Carlos, Aldair, Samuel, Veloso, Hernâni, Vítor Paneira, Jonas Thern, Lima, Valdo e Magnusson.
Momentos do jogo:
52 min – substituição: entrou Pacheco, para o lugar de Jonas Thern
52 min – substituição: entrou Vata, para o lugar de Lima
83 min – golo (Vata)
Comentário:
Como escrevi, na altura apenas contava com 15 anos (só em 1992, quando tinha 17 anos, é que comecei a frequentar mais assiduamente as bancadas da antiga Luz, curiosamente quando nasceu um conhecido grupo de sócios benfiquistas) pelo que, infelizmente, não marquei presença naquela fantástica noite europeia. Resumindo: não tinha a companhia de um irmão mais velho, o meu pai é adepto da Briosa e o meu grupo de amigos ainda não estava totalmente formado. Uma pena. Também já não me recordo se vi o jogo na televisão ou se segui as incidências da partida na rádio. Sim, porque antigamente não existia Benfica TV, Sport TV, internet, streams e demais derivados. Os jogos na televisão escasseavam e era através da rádio que sofríamos intensamente. Naquela noite, foram 83 minutos de sofrimento à espera do milagre que acabou por aparecer. Inesquecível. Mesmo não tendo vivido o vulcão encarnado in loco, fui contemporâneo de um episódio emocionante da história do clube. Em 18 de Abril de 1990 não foi possível marcar presença no inferno da Luz mas, passados perto de 20 anos, no próximo dia 11 de Março de 2010, direi presente. Chega de conversa: vamos relembrar a célebre mão de Vata?
Fonte: O bilhete relativo ao jogo decisivo foi descoberto através de um motor de pesquisa conhecido que dispensa apresentações. Os resumos das partidas, com os momentos mais importantes, foram encontrados via o magnífico blogue Memória Gloriosa. Termino com um desafio: a todos os leitores que presenciaram o êxtase vivido ao minuto 83, no velhinho Estádio da Luz, queiram partilhar a experiência de momento tão especial.
Cerca de duas semanas antes, no dia 4 de Abril, o Benfica tinha visitado o Velódrome sofrendo um dos maiores 'sufocos' futebolísticos da história, mas a noite mágica que todos recordam com saudade teve lugar a 18 de Abril desse ano. O 'Inferno da Luz' gritou tão alto que os Deuses ouviram a esperança pintada em tons de vermelho. Escreveu-se história. Viveu-se... Benfica!
Marselha 2-1 SL Benfica
Estádio Velódrome, 4 de Abril de 1990
SL Benfica, em 4x4x2: Silvino, José Carlos, Aldair, Ricardo Gomes, Veloso, Hernâni, Vítor Paneira, Jonas Thern, Lima, Valdo e Magnusson.
Momentos do jogo:
10 min – golo (Lima)
12 min – golo (Sauzée)
44 min – golo (Papin)
61 min – substituição: entrou Pacheco, para o lugar de Lima
70 min – substituição: entrou Diamantino, para o lugar de Hernâni
Comentário:
Foi em 1990 que recebi, dos meus pais, uma das prendas de Natal que jamais esquecerei: o cartão de sócio do Sport Lisboa e Benfica. Tinha 15 anos. Já passaram uns anos valentes, mas esta partida ficou-me na memória até hoje. Não é que recorde todas as incidências da partida, mas há dois apontamentos impossíveis de esquecer: (i) o golo do brasileiro Lima, avançado de penteado sui generis; e, (ii) o autêntico massacre sofrido nos segundos 45 minutos do jogo. Sim... massacre, sufoco, avalanche de futebol ofensivo da equipa francesa, onde pontificavam nome como o inglês Chris Waddle, o uruguaio Enzo Francescoli e o francês Jean-Pierre Papin. Estes eram os mais temíveis, mas haviam outros nomes de respeito: o lateral direito Amoros, o lateral esquerdo Di Meco, o central Mozer - que tinha saído do Benfica no ano anterior - e os médios Philippe Vercruysse, Franck Sauzée, entre outros. Mas, o trio da frente é que nos fazia olhar para a televisão em desespero: na altura, apanhar pela frente os extremos Waddle e Francescoli era como, nos dias de hoje, defrontar uma equipa com Messi e Cristiano Ronaldo. A questão que se coloca é: como foi possível SÓ termos perdido por 2-1? Podiam ter sido quatro. Podiam ter sido cinco. Perdoem-me a analogia, mas podia ter sido Vigo. Vai um resumo da 1.ª mão disputada em Marselha? Então, deliciem-se com o vídeo.
SL Benfica 1-0 Marselha
Estádio da Luz, 18 de Abril de 1990
SL Benfica, em 4x4x2: Silvino, José Carlos, Aldair, Samuel, Veloso, Hernâni, Vítor Paneira, Jonas Thern, Lima, Valdo e Magnusson.
Momentos do jogo:
52 min – substituição: entrou Pacheco, para o lugar de Jonas Thern
52 min – substituição: entrou Vata, para o lugar de Lima
83 min – golo (Vata)
Comentário:
Como escrevi, na altura apenas contava com 15 anos (só em 1992, quando tinha 17 anos, é que comecei a frequentar mais assiduamente as bancadas da antiga Luz, curiosamente quando nasceu um conhecido grupo de sócios benfiquistas) pelo que, infelizmente, não marquei presença naquela fantástica noite europeia. Resumindo: não tinha a companhia de um irmão mais velho, o meu pai é adepto da Briosa e o meu grupo de amigos ainda não estava totalmente formado. Uma pena. Também já não me recordo se vi o jogo na televisão ou se segui as incidências da partida na rádio. Sim, porque antigamente não existia Benfica TV, Sport TV, internet, streams e demais derivados. Os jogos na televisão escasseavam e era através da rádio que sofríamos intensamente. Naquela noite, foram 83 minutos de sofrimento à espera do milagre que acabou por aparecer. Inesquecível. Mesmo não tendo vivido o vulcão encarnado in loco, fui contemporâneo de um episódio emocionante da história do clube. Em 18 de Abril de 1990 não foi possível marcar presença no inferno da Luz mas, passados perto de 20 anos, no próximo dia 11 de Março de 2010, direi presente. Chega de conversa: vamos relembrar a célebre mão de Vata?
5 comentários:
O meu irmão mais velho tinha comprado bilhete pra nós mas nesse dia 18 a minha cunhada deu entrada na maternidade (o meu sobrinho nasceu 3 dias depois). Pelo que não fomos mas deliramos com o golaço do Vata em casa dele.
estar no nosso antigo estadio da luz nessa noite, com ele cheio, cheio, cheio...tambem eu com 15 anitos, no terceiro anel, é das memorias mais doces que tenho do nosso Benfica Europeu...
esse e o jogo com o Steaua, 2 anos antes....
2 anos antes, sim. Estive lá na noite gloriosa contra a grande equipa do Steaua (Hagi, Lacatus, Popescu).
Horas antes do jogo fui mordido por um pastor alemão de uns gajos das rouloutes junto ao estádio.
Um pastor alemão de uns gajos das rouloutes? Que experiência... as coisas que te acontecem :)
É verdade Ricardo.
Fui tratado no Estádio, as calças foram pro maneta e ganhei uma marca no joelho.
Mas o Rui Águas deu uma enorme alegria. :)
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