sábado, 30 de outubro de 2010

Diego Armando Maradona: 50 anos

Hoje, a data é assinalada pelo aniversário do melhor jogador de futebol de todos os tempos: Diego Armando Maradona cumpre 50 anos de idade. Nunca tive a felicidade de presenciar o seu génio ao vivo, mas tive a sorte de acompanhar a sua carreira através da televisão. Uma vida de altos e baixos, de glória e decadência. Porém, o que fica são as lembranças de inigualável magia: golos incríveis, livres certeiros, dribles (as famosas gambetas) magníficos, reportório técnico que nos deixava embasbacados e a perguntar como seria possível existir tanto talento concentrado num só futebolista. Praticamente sozinho, Maradona venceu um Mundial (1986), enquanto em Nápoles - 'parente pobre' de um país dominado pela força e influência de Milan, Inter, Juventus, Roma e Lázio - conquistou Scudettos e colocou uma cidade no mapa do futebol europeu e mundial. Não hesito em afirmar que se Pelé foi Rei, Maradona foi Deus. Não retiro a importância do brasileiro na conquista das copas, mas o argentino jogou na Europa - no exigente Calcio - num tempo feito de marcações individuais e tácticas defensivistas catenaccio. Poderia presentear-vos com imagens e vídeos de El Pibe, mas pecaria sempre por defeito. Pesquisem no You Tube e deliciem-se nesta tarde chuvosa de Outono. Parabéns Diego Armando Maradona. Obrigado por me mostrares a paixão do futebol.

Neste dia, gostaria também de sublinhar um texto de Luís Freitas Lobo que retrata, na perfeição, o que Maradona significa para os amantes do futebol. Deixo-vos uma curta introdução, mas não deixem de clicar no link e ler a totalidade do artigo: "Em qualquer momento ou local que repouse a sua existência, Diego seguirá driblando para a eternidade na minha memória como um desafio ao impossível, rompendo fronteiras no tempo, porque vê-lo jogar, como pibe com a camisola do Argentinos Juniors ou como capitão da selecção de Gardel, foi, para mim, um agnóstico que gosta e respira futebol, a única prova de que Deus existe".

Um pouco fora deste âmbito, embora relacionado com o assunto de cima: o Benfica garantiu, esta sexta-feira, o quinto triunfo consecutivo na Liga, ao derrotar o Paços de Ferreira por 2-0, com os golos a serem obtidos por Pablo Aimar e Alan Kardec, este último de penalty. Já agora, um pequeno aparte: desde que Jorge Jesus é treinador encarnado, de todas as partidas que presenciei no Estádio da Luz, apresento o curioso saldo de 18 jogos e 18 vitórias. Na grande maioria desses confrontos, o 'perfume' futebolístico de Aimar foi contributo decisivo. Ontem, uma vez mais, transformou o relvado da luz num tapete aveludado, enviando ao aniversariante Maradona um 'bilhete com aviso de recepção' para mais tarde recordar. Um lindo presente, de Pibe para Pibe.

4 comentários:

dezazucr disse...

Então vê lá se deixas de baldas e passas a ver os jogos todos!

Jesus em casa só perdeu 1. Contra a Académica nesse malfadado contrataque nascido de um penálti por assinalar.

Correcção: perdeu outro na taça contra o Guimarães. De qualquer forma tem um registo deveras positivo. Quem fez melhor?

Mesmo com esta época abaixo da anterior (melhor sería quase impossível) sería interessante comparar os resultados com os anos anteriores, e quantos pontos perdidos nesses anos (Trapp, Koeman, Fernando Santos, Camacho, Quique, ...).

Claro que essa análise fará mais sentido depois do jogo com os corruptos no Domingo, mas assim de cabeça, esses senhores não terão feito muito melhor que a performance deste ano.

Quero com isso dizer que da mesma forma como a performance do Braga do ano passado foi influênciada pela necessidade de dar concorrência e colocar pressão àquele super-Benfica, a performance do porto deste ano (como se não estivesse escancarada a forma como ganharam confiança) deve-se ao medo do crescimento do Benfica.

Catenaccio disse...

No plano interno, Jorge Jesus só não ganhou 3 partidas na Luz: Marítimo (1.ª jornada) em 2009/10, Académica (1.ª jornada) em 2010/11 e Guimarães (Taça da Liga) em 2009/10.

Falhei os dois primeiros (relativos a ambas as 1.ªs jornadas) porque estava de férias. Com o Guimarães, estive presente. Em suma: nos jogos a contar para a Liga, sempre que não fui, o Benfica não venceu. Just curiosity...

Então, e o Maradona? Algum comentário?

dezazucr disse...

Certo, derrotas só 2. Vitórias quase todas. Há que reconhecer que em tantos jogos é um feito.

Em relação ao Maradona, realmente era delirante. Acaba por ter muita influência no pessoal da nossa geração pois crescemos com as exibições da Argentina e do Nápoles campeão italiano. Atenção que a selecção campeã com Maradona ainda tinha jogadores campeões da geração de Kempes. O jogo com a Inglaterra nesse mundial (86) é paradigmático e mesmo a campanha de 90, não tendo o mesmo brilho, mostrou muito Maradona.

Tenho no entanto pena de não ter vivido em directo as gerações de Pelé, Beckenbeuer, Müller, Eusébio e Cruif. Nesse sentido invejo os mais velhos, dado o período a meu ver mais romântico do futebol.

dezazucr disse...

nota: a foto escolhida pelo LFL que curiosamente é a foto que aparece no layout do site Entre 10, é muito bem escolhida: 1 homem contra o mundo!