
Enquanto seguia, com interesse, as incidências do «superclásico», não deixava de pensar no futebol praticado em Portugal e tudo aquilo que o envolve. Num abrir e fechar de olhos, lembrei-me de prejuízo acumulados (e.g. Beira Mar), estádios desertos (e.g. Leiria) e tantas outras dificuldades (financeiras e /ou desportivas) sentidas por uma larga maioria de clubes portugueses. Em suma, é isto o futebol moderno? Caracterizado por falta de transparência nas contas, reduzida qualidade técnica apresentada por muitos jogadores e fracas assistências na principal competição nacional? Não, obrigado.
Depois, verificamos a forma apaixonada como os argentinos vivem este deporto e, no nosso íntimo, ficamos a arder com o desejo de que uma máquina de teletransporte nos levasse a sentir o prazer genuíno de ver tamanha emoção à volta de um jogo de futebol. Como seria bom juntar um grupo de amigos, voar até Buenos Aires, provar o sabor original de uma parrillada e ver saltar à la cancha os jovens 'artistas' do momento. Como é bonito observar um estádio inteiro a cantar, sem parar, do início ao fim, num misto de cor e loucura (saudável) pelo emblema que idolatram. Uma realidade diferente. Em muitas coisas, para melhor.
Quanto ao jogo propriamente dito, Los Millonarios venceram Los Bosteros por 1-0, com o golo a ser apontado de cabeça pelo central Maidano. Da parte de muitos benfiquistas, havia a natural expectativa de analisar a performance de Funes Mori, jovem avançado (19 anos) que tem sido alvo do interesse encarnado e associado como provável reforço de Inverno. No entanto, até porque o delantero em questão só entrou no «superclásico» a escassos minutos do seu término, o jogador que mais me chamou a atenção foi Erik Lamela, talentoso médio de (apenas) 18 anos. Marcador de livres, forte no drible e com facilidade de remate, seria o pibe em quem depositaria as minhas 'fichas'. A seguir, com atenção.
Para terminar, que tal uns vídeos para comprovar tudo aquilo que escrevi anteriormente?
Banderazo River
Mirá el gol de River
La explosión final
2 comentários:
Sem dúvida. Apaixonante o jogo.
E o futebol, em termos técnico-tácticos, é assim uma espécie de regresso à década de 80 - aquela que muitos consideram (eu incluído) como a altura da morte do futebol espectacular...claro que depois as adaptações de Gaitáns e Dí Marías custam um pouco..
Mas enfim, pode ser que um dia dê para irmos lá, seria excelente...por enquanto restam-nos estas transmissões e as parriladas de um certo restaurante ao pé do Bairro Alto!
Abraço
Nunca, mas nunca, mas nunca mais voltas a tratar o clube argentino do meu coração por Bosteros, ouvis-te pá; se não vamos ter sarilhos. Toma isto como um a serio aviso!!!
[Bosteros, significa grosso modo, os da bosta, os da merda é o nome depreciativo que os gallinas (lê-se gajinas) dão aos adeptos do Boca (boqueros=bosteros).
Como castigo deixo-te um TPC, se me permites: tens de descobrir porque é que nós, os Xeineses, chamamos gallinas aos adeptos do River]
PS: para os mais distraído…, lá em cima eu estou a reinar com o Ricardo.
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