quarta-feira, 17 de novembro de 2010

«Superclásico»: River Plate 1-0 Boca Juniors

Ontem, a Sport TV2 prestou um autêntico serviço público, ao brindar todos os amantes do futebol com a transmissão do emocionante River Plate vs Boca Juniors, no escaldante Estádio Monumental de Buenos Aires.

Enquanto seguia, com interesse, as incidências do «superclásico», não deixava de pensar no futebol praticado em Portugal e tudo aquilo que o envolve. Num abrir e fechar de olhos, lembrei-me de prejuízo acumulados (e.g. Beira Mar), estádios desertos (e.g. Leiria) e tantas outras dificuldades (financeiras e /ou desportivas) sentidas por uma larga maioria de clubes portugueses. Em suma, é isto o futebol moderno? Caracterizado por falta de transparência nas contas, reduzida qualidade técnica apresentada por muitos jogadores e fracas assistências na principal competição nacional? Não, obrigado.

Depois, verificamos a forma apaixonada como os argentinos vivem este deporto e, no nosso íntimo, ficamos a arder com o desejo de que uma máquina de teletransporte nos levasse a sentir o prazer genuíno de ver tamanha emoção à volta de um jogo de futebol. Como seria bom juntar um grupo de amigos, voar até Buenos Aires, provar o sabor original de uma parrillada e ver saltar à la cancha os jovens 'artistas' do momento. Como é bonito observar um estádio inteiro a cantar, sem parar, do início ao fim, num misto de cor e loucura (saudável) pelo emblema que idolatram. Uma realidade diferente. Em muitas coisas, para melhor.

Quanto ao jogo propriamente dito, Los Millonarios venceram Los Bosteros por 1-0, com o golo a ser apontado de cabeça pelo central Maidano. Da parte de muitos benfiquistas, havia a natural expectativa de analisar a performance de Funes Mori, jovem avançado (19 anos) que tem sido alvo do interesse encarnado e associado como provável reforço de Inverno. No entanto, até porque o delantero em questão só entrou no «superclásico» a escassos minutos do seu término, o jogador que mais me chamou a atenção foi Erik Lamela, talentoso médio de (apenas) 18 anos. Marcador de livres, forte no drible e com facilidade de remate, seria o pibe em quem depositaria as minhas 'fichas'. A seguir, com atenção.

Para terminar, que tal uns vídeos para comprovar tudo aquilo que escrevi anteriormente?

Banderazo River
Mirá el gol de River
La explosión final

2 comentários:

Paulo Santos disse...

Sem dúvida. Apaixonante o jogo.

E o futebol, em termos técnico-tácticos, é assim uma espécie de regresso à década de 80 - aquela que muitos consideram (eu incluído) como a altura da morte do futebol espectacular...claro que depois as adaptações de Gaitáns e Dí Marías custam um pouco..

Mas enfim, pode ser que um dia dê para irmos lá, seria excelente...por enquanto restam-nos estas transmissões e as parriladas de um certo restaurante ao pé do Bairro Alto!

Abraço

Pedro Soares Lourenço disse...

Nunca, mas nunca, mas nunca mais voltas a tratar o clube argentino do meu coração por Bosteros, ouvis-te pá; se não vamos ter sarilhos. Toma isto como um a serio aviso!!!

[Bosteros, significa grosso modo, os da bosta, os da merda é o nome depreciativo que os gallinas (lê-se gajinas) dão aos adeptos do Boca (boqueros=bosteros).
Como castigo deixo-te um TPC, se me permites: tens de descobrir porque é que nós, os Xeineses, chamamos gallinas aos adeptos do River]

PS: para os mais distraído…, lá em cima eu estou a reinar com o Ricardo.