Pergunta: para quê escrever rebuscados tratados sobre modelos de jogo, quando dragão não rima com táctica? Com emoção, talvez. Com desilusão, sem dúvida. Também há quem diga que dragão rima com organização. Típica expressão à la Rui Moreira. Seis milhões de indivíduos chamar-lhe-iam outra coisa...
Não vou escrever sobre as incidências do clássico. Pura e simplesmente não me apetece rebater dibujos tácticos. Tampouco analisar a performance exibicional dos jogadores encarnados. Pretendo, apenas, enviar uma mensagem à família benfiquista.
Faltam treze jornadas para o término da Liga Sagres. No meu entender, é a altura decisiva para enterrar "machados de guerra" internos. Por outras palavras, até final da competição sugiro que o sentimento de união prevaleça sobre a toada crítica que a imprensa desportiva faz questão de lembrar diariamente.
Não é o momento certo para testar a eloquência de Luís Filipe Vieira. Não é o "timing" ideal para criticar a tonalidade das gravatas de Rui Costa. Não é, concerteza, a altura correcta para desconfiarmos das competências técnicas de Quique Flores. Não há razão para assobiar este ou aquele jogador, suspirando por uma estrela futebolística da qual vimos maravilhas no You Tube.
Diferentes opiniões, ou perspectivas, não devem servir como desculpa para que a nação encarnada se desvie do objectivo principal - a conquista da Liga Sagres, nem devem atraiçoar a dura realidade dos factos: estamos envolvidos numa luta desigual, contra um adversário mais do que identificado, a fazer exigir um espírito colectivo, de acordo com o nosso lema - Et Pluribus Unum!
P.S. Ao contrário dos critérios literários definidos como excelentes, esta entrada registou a palavra não em oito ocasiões. O negativismo expresso no texto espelha o estado de alma do autor, derivado da prática de mais uma machadada na verdade desportiva - como se o futebol português ainda tivesse algo saudável a que se agarrar. Aos leitores, as minhas desculpas.
Não vou escrever sobre as incidências do clássico. Pura e simplesmente não me apetece rebater dibujos tácticos. Tampouco analisar a performance exibicional dos jogadores encarnados. Pretendo, apenas, enviar uma mensagem à família benfiquista.
Faltam treze jornadas para o término da Liga Sagres. No meu entender, é a altura decisiva para enterrar "machados de guerra" internos. Por outras palavras, até final da competição sugiro que o sentimento de união prevaleça sobre a toada crítica que a imprensa desportiva faz questão de lembrar diariamente.
Não é o momento certo para testar a eloquência de Luís Filipe Vieira. Não é o "timing" ideal para criticar a tonalidade das gravatas de Rui Costa. Não é, concerteza, a altura correcta para desconfiarmos das competências técnicas de Quique Flores. Não há razão para assobiar este ou aquele jogador, suspirando por uma estrela futebolística da qual vimos maravilhas no You Tube.
Diferentes opiniões, ou perspectivas, não devem servir como desculpa para que a nação encarnada se desvie do objectivo principal - a conquista da Liga Sagres, nem devem atraiçoar a dura realidade dos factos: estamos envolvidos numa luta desigual, contra um adversário mais do que identificado, a fazer exigir um espírito colectivo, de acordo com o nosso lema - Et Pluribus Unum!
P.S. Ao contrário dos critérios literários definidos como excelentes, esta entrada registou a palavra não em oito ocasiões. O negativismo expresso no texto espelha o estado de alma do autor, derivado da prática de mais uma machadada na verdade desportiva - como se o futebol português ainda tivesse algo saudável a que se agarrar. Aos leitores, as minhas desculpas.
2 comentários:
Para muitos este era o desafio mais importante da temporada interna até ao momento. A expectativa era grande, a semana que antecedeu a contenda foi intensa e a infíma diferença pontual entre ambas as equipas fazia antever um jogo de nervos. A arbitragem tem feito parte da agenda quotidiana do futebol português. Todos se queixam, todos se acham prejudicados, os erros grosseiros acontecem a uma velocidade assustadora, a suspeição é atirada para o ar diariamente e, portanto, o árbitro Pedro Proença não dispunha do ambiente propício para fazer uma boa arbitragem no Dragão. É por aí que começo.
Pedro Proença fez uma má arbitragem. Cometeu três erros graves e, ainda que no resto da partida tenha estado bem (exceptuando o facto de ter permitido que metade dos 3 minutos de compensação fossem passados sem jogar), a verdade é que influenciou o normal curso do jogo e o desfecho do mesmo. Aos 18 minutos, não assinalou uma grande penalidade, por falta clara de Reyes sobre Lucho. Como se sabe, na área não há lei da vantagem e não é pelo facto de o argentino se ter levantado após o desequilíbrio provocado pelo toque de Reyes que deixa de existir falta. Aos 26 minutos, Sidnei pisa ostensiva e maldosamente Lucho, justificando-se a exibição do vermelho directo, por conduta violenta. Proença não mostrou qualquer cartão. Aos 70 minutos, assinalou uma grande penalidade inexistente, já que Yebda não cometeu qualquer falta sobre Lisandro, que se limitou a atirar para a piscina. Conclusão: o penalty que permitiu ao FC Porto restabelecer a igualdade não existiu. Mas o certo é que se o árbitro tivesse agido em conformidade anteriormente, o FC Porto poderia ter chegado aos 26 minutos a ganhar por 1-0 e a jogar contra dez unidades.
Se olharmos para a imprensa e para a generalidade da blogosfera, ficamos convencidos que o FC Porto foi beneficiado, mas analisando os lances capitais da partida com objectividade, vemos que não foi isso que sucedeu. Tem sido desta forma, parcial e tendenciosa, que o FC Porto tem sido tratado nesta temporada. É triste verificar que a comunicação social, que deveria agir com isenção, na procura da informação credível e objectiva, esteja, cada vez mais, a imbecilizar-se e a comportar-se como um verdadeiro adepto. Felizmente deixei de comprar jornais de há uns tempos a esta parte e ligo muito pouco às análises que se vão fazendo nas rádios e televisões. Anda a querer vender-se uma mentira, só porque ela é dita muitas vezes. Quem gostar de ser enganado, que acredite.
Os treinadores não apresentaram qualquer surpresa nos seus onzes. Os sistemas tácticos foram também os esperados. O FC Porto chegou a este jogo na sua máxima força, após ter feito descansar todos os habituais titulares, a meio da semana, em Alvalade. O Benfica não procedeu a tão grande poupança no desafio da Taça da Liga, diante do Guimarães, mas uma potencial maior frescura portista não se fez notar ao longo do encontro.
A primeira meia-hora foi de domínio do FC Porto e só por manifesta falta de eficácia na hora de finalizar, não se adiantou no marcador neste período. Jogando subido e pressionando alto, os pupilos de Jesualdo Ferreira empurraram os encarnados para a sua defensiva. Rodríguez foi dos mais audazes nesta fase inicial e fez várias vezes a cabeça em água ao compatriota Maxi Pereira. Lucho e Lisandro estiveram também muito activos, tanto a construir, como em zonas de finalização. O '8' portista teve mesmo na cabeça a melhor oportunidade da primeira parte, mas atirou por cima quando estava completamente isolado. O perigo rondou a baliza de Moreira em diversas ocasiões, mas os portistas revelaram-se perdulários, como já vem sendo costume nos jogos caseiros.
Apesar desta fase de algum assédio, o Benfica esteve sempre traquilo, concentrado e nunca se desuniu. Manteve sempre o bloco baixo, não permitindo ao adversário dispôr da sua melhor arma atacante - as transições rápidas - e nunca deixou de procurar contra-atacar quando havia possibilidades para isso. Reyes chegou a estar na cara do golo, mas Helton respondeu com uma grande defesa. O FC Porto foi superior na primeira parte, teve mais ocasiões para marcar e exerceu um maior domínio territorial, mas a forma adulta e personalizada como as 'águias' conviveram com essa situação, acabou por ser premiada, mesmo em cima do intervalo, com um belo golo de Yebda, de cabeça, na sequência de um canto executado por Reyes. Sem o justificar, o Benfica saiu para o intervalo em vantagem.
Na segunda parte o FC Porto continuou a ser mais dominador, mas jogou sempre com muito coração e pouca cabeça. Com o Benfica em vantagem e cada vez mais fechado, faltaram os espaços para os portistas aplicarem o seu futebol. O jogo de posse de bola nunca foi um dos pontos fortes deste FC Porto, que vivia de algumas arrancadas de Hulk (bom duelo com Moreira) e pouco mais. Os benfiquistas foram ganhando confiança e estiveram mesmo próximos de aumentar a contagem em alguns ataques rápidos, numa altura em que Aimar ía mostrando algum do perfume do seu futebol.
Di Maria já estava em campo, por troca com o esgotado Suazo. Jesualdo abriu a frente de ataque, colocando Mariano no lugar de Raúl Meireles. O jogo manteve a mesma toada de ataque contínuo e desorganizado do FC Porto, alternado com algumas investidas perigosas do Benfica. O golo do empate azul e branco haveria de surgir a 20 minutos do fim, através de Lucho González, na já descrita grande penalidade, num lance que veio repôr justiça no marcador. Após este golo, o jogo abrandou, parecendo claro que ambas as equipas, a partir de determinada altura, começaram a preocupar-se mais em não sofrer o segundo golo que em tentar chegar à vitória. Até ao apito final de Pedro Proença, poucos motivos de interesse mais há a realçar.
O FC Porto chegou a este clássico como favorito, mas a sua exibição acabou por defraudar as expectativas, tanto mais que a preparação para este jogo foi feita com especial cuidado, implicando mesmo a eliminação quase premeditada da Taça da Liga. Do lado oposto, o Benfica também não foi brilhante, mas a forma personalizada como se exibiu na casa dos tricampeões nacionais, foi uma agradável surpresa, a justificar amplamente o ponto conseguido.
Resultado justo, num clássico que não deixará saudades. Um estádio repleto com 50 110 espectadores merecia mais e melhor. O FC Porto mantém-se na liderança desta Liga Sagres, mas com a certeza de que terá de melhorar substancialmente as suas performances caseiras. A incapacidade que revela em ultrapassar defesas fechadas e bem organizadas, não augura facilidades até ao final do campeonato. O Benfica cumpriu o plano traçado para o jogo e segue na luta pelo título, mas a sua irregularidade exibicional faz-me pensar que a tarefa que se lhe depara é árdua. Aguardemos pelas próximas jornadas.
Falar em blocos altos ou baixos ou pressing zonal em largura ou profundidade, deixa de fazer qualquer sentido quando um descarado embuste é sancionado por um árbitro, que desse modo, acaba por ter influência directa e objectiva no resultado do jogo.
Espero ansiosamente pelas reacções daqueles indivíduos que, despudorados, têm vindo a berrar, pateticamente, desde o Benfica-SC Braga, à semelhança do que já tinha sido feito durante toda a época 2004-2005. É preciso ter coragem para fazer este papel, quando se é adepto de um clube cujo presidente se encontra “suspenso” pela prática de corrupção desportiva.
Neste sentido, por exemplo, Rui Moreira é um bravo. Nos últimos tempos, o ilustre comentador tem revelado uma excitação, que até nem é habitual nele, barafustando, fazendo trocadilhos com a palavra “calabote”, entre outras recreações. É preciso audácia, de facto, para andar a figurar em público com um argumentário que se restringe ao desgraçado do Calabote num dos pratos da balança, quando no outro prato existem os casos Calheiros, os “quinhentinhos”, a agência Cosmos, o guarda Abel, a “fruta”, e tantos outros episódios que constituem a vergonha do futebol português das últimas décadas, e que este senhor e outros ignoram de forma olímpica.
Entretanto, Jesualdo Ferreira continua a brindar-nos com o seu já vasto repertório de velhacarias. Agora o professor, para além do futebol, parece também ter estendido os seus conhecimentos ao domínio da Física e quis partilhar as suas recentes descobertas com o grande público.
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