quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Timo Hildebrand reforça leões

O guarda-redes Timo Hildebrand é a mais recente contratação do Sporting. O alemão chega a Alvalade a custo zero, pois estava sem clube.

Por muito que me custe dizê-lo, parece-me que estamos perante uma boa contratação. Apesar do clube vizinho não me preocupar, em termos desportivos, só posso lamentar que o meu clube tenha 'fechado para obras' e não consiga aproveitar negócios deste nível: Timo Hildebrand é um guarda-redes experiente (31 anos, 185cm, 85kg), internacional pela selecção alemã e com provas dadas nalguns dos principais campeonatos europeus, tendo no passado defendido as 'cores' de Estugarda, Valência e Hoffeinhem.

Eu pergunto aos responsáveis do meu clube: era assim tão difícil? Sim, pode não representar uma aposta de futuro, com elevado retorno financeiro, mas para isso contamos com Oblak, certo? Olhando para a relação entre os valores suportados (vencimentos) com a qualidade individual do atleta, parece-me que o rendimento desportivo esperado implica um risco moderado. Ainda por cima, trata-se de um guarda redes alemão, 'escola' que muito aprecio.

A sério, digam-me lá: o que andaram a fazer desde que findou o campeonato 2009/10? É que os disparates têm sido tantos que começo a pensar que devem andar numa espécie de LSD Trip Experience. Alô? ACORDEM PORRA!

Adenda: nas últimas horas tenho recebido feed-back de amigos benfiquistas que me alertam para o seguinte: Hildebrand apresenta algumas insuficiências técnicas e, para todos os efeitos, trata-se de um guarda-redes dispensado por um clube modesto da Bundesliga. Tudo certo, embora existam dois aspectos que merecem ser enumerados: 1. O timing da operação. É claro que se agora o Benfica avançasse para a contratação de um novo guarda-redes, o negócio poderia não ser bem visto, porque já se tinha oferecido uma soma considerável previamente. Era o assumir do (clamoroso) erro de 'casting'. O que digo é que Hildebrand, ou qualquer outro em situação idêntica, teria sido uma solução plausível para n.º 1, desde que os contornos da opção fossem bem explicados e coerentes com a política desportiva adoptada; 2. O custo da operação. Pelos vistos, olhando para atributos ligados ao posicionamento, reflexos e saída a cruzamentos, Roberto e Hildebrand são guarda-redes de valor algo semelhante. Com uma diferença: um deles (o alemão) custou ZERO e o outro (o espanhol) implicou um esforço financeiro de 8,5 milhões (dados oficiais). Num caso, o risco é diminuto com provável retorno na vertente desportiva. No outro caso, existiu um investimento avultado partilhado com um risco superior em termos da relação qualidade individual/rendimento esperado. Penso que, desta forma, o sentido do tópico fica mais explícito.

3 comentários:

Paulo disse...

Eu penso exactamente o mesmo. E o Timo já está sem clube há "séculos"! Ninguém se lembrou no Benfica?!?

LC disse...

Vou continuar a discordar de ti neste tipo de situações.

Sei que o posto de GR é muito sensível, compreendo a tua forma de pensar mas o Hildebrand?

O Hildebrand foi campeão na Alemanha como bem dizes, e nos 3 anos seguintes?
Ano e meio no Valência para esquecer, um saldo na Liga com mais derrotas que vitorias, um saldo na liga dos campeoes vergonhoso atras de Shalke 04 e Rosenborg sendo eliminado.
Segue para o Hoffeneim e o saldo continua altamente negativo... era este o GR que querias para o Benfica?

Desde 2007,
Valencia, 28J 44GS
Hoffenheim, 38J 46GS

o Hildebrand é mais um Bossio, Ovchinikov ou Butt.

Dá-me uma opinião pessoal sobre Drenthe, Hleb, Zlatan, Henry, Metzelder, Mancini, Huntellar, Borrielo, Trezeguet, Poulsen, Tiago, Diego, Zebina, Bojinov, entre outros, porque foram dispensados/emprestados pelos clubes onde estavam?

Gandaia disse...

A minha dúvida em relação à qualidade de Hildebrand é a seguinte:

Se ele tem qualidade e não tinha clube, porque é que só arranja clube 1 depois de fecharem as inscrições?